Um dos temas mais abordados no ocultismo é a Morte. O que acontece, para onde vamos, como é... quem sabe dizer ao certo? Há muita especulação e, claro, também tenho minhas teorias a respeito.
Esta semana fui indagado por um Buscador com quem me correspondo frequentemente, que pediu para esboçar algumas idéias acerca desse tema. Segue:
Frater, boa tarde!
Mais algumas perguntas:
Após a morte física a alma é dissolvida para os elementos do plano astral com o passar do tempo, e o espírito ascende, e a reencarnação como funciona?
Interessante a questão abordada no livro Arvore da vida, sobre espiritismo, lembrei da minha sogra que me convidou para ir a um centro espírita pois cismou que minha esposa está com um encosto, pois muda de humor rapidamente tem crises de choro sem explicação, isso posso concordar, ela tem se comportado ultimamente bem agressiva, mas não concordo com negócio de encosto, mas vem a dúvida, primeiro, nunca passei perto de nenhum centro espírita, e sabendo que o médium é apenas um agente passivo de cascões astrais e totalmente além do controle consciente, sujeito a qualquer entidade.
Existe a possibilidade de uma pessoa ser atacada por uma entidade inferior ou cascões? e o que pode ser feito? Visto que muitas pessoas procuram pelos espíritas e curandeiros justamente por este fim, pedindo ajuda, mas como saber o que é realmente? O que é identificado na pessoa atacada?
O que pode ser acessado pelo médium espírita é apenas a alma em decomposição? E o espírito pode ser evocado?
Grato,
J. A.
Olá J. A.,
Há muitas especulações sobre o que acontece após a morte. Se existe reencarnação não sei dizer: pode ser porque não lembro, ou porque realmente não exista.
É dito que numa média de 7 anos terrenos após o falecimento da pessoa, a Alma é dissolvida sim, salvo em casos diferenciados. Quanto à questão do Espírito realmente não sei dizer se ele sublima logo após a morte ou se ele fica atrelado e vai sublimando aos poucos. É interessante observar que estes 7 anos também dizem respeito a um tempo médio de decomposição do corpo físico - logo, sim, acredito que possa haver um vínculo entre os três.
A Alma, na minha opinião, é um aglomerado eletromagnético que supostamente carrega os trejeitos e informações/dados da pessoa quando viva. A energia pode ser direcionada, ensinada, e neste caso ela FOI parte de um ser vivente com anseios e emoções; logo a Alma se comporta de forma repetitiva - como uma super forma pensamento, infinitamente mais complexa e elaborada. Procuro definir a Alma como o forro indispensável para a acomodação do Espírito no corpo físico.
No entanto, aos poucos ela vai se desmantelando. As informações ficam truncadas, quebradas pois, claro, ela está "desmagnetizando", já que não há mais o dínamo que a alimenta (corpo vivo). Em certos casos, os núcleos informativos mais fortes (gerados por emoções quando em vida) podem vir à tona e suprimir outros, fazendo com que espíritos com algum tempo de andança tendam a oscilar enormemente, como se sentissem dor ou ódio, por exemplo, sempre dependendo do que cultivaram quando em vida. O mesmo acontece com espíritos que têm morte violenta, pois o choque abala-os em todos os níveis. Mas isso é outro papo.
J. A., o médium não é apenas um agente passivo que incorpora cascões. Esta é uma visão cerrada e bastante curta de muitos magistas, e que precisa ser revista urgentemente. A coisa não é bem assim: o bom médium pode sim escolher se quer incorporar ou não (se não consegue isso, está em desequilíbrio ou precisa aprender a se dominar). E mais ainda, as entidades que costumam ter forças para incorporar bem e ser coerentes geralmente estão apoiadas em alguma egrégora - que lhes dá sustento e pára, ou pelo menos desacelera, o processo de desmantelamento energético (degradação da alma/espírito) em troca de vestir uma roupagem característica, levando aquela bandeira. E isso é um grande negócio para a entidade e para a egrégora!
Dificilmente a pessoa vai ser atacada por cascorões, pelo menos num momento inicial. Ela realmente precisa estar muito fraca em termos de energia, ou ter feito algo para atrair essas cascas. Lembre-se de que as cascas astrais estão em decomposição e desmanteladas, desfolhando-se, enquanto uma pessoa viva ainda está una e consequentemente é muito, muito mais forte. O que pode acontecer são vazamentos energéticos que ocorrem em casos específicos (tristeza, melancolia, depressão, raiva etc); então estes cascões vêem a energia afim com a deles e passam a se apoiar na pessoa, reforçando aquele campo vibracional. Isso é relativo a 90% dos casos de obessão, ou seja: a obessessão em menor grau é muito comum, mas o ataque, ao ponto de debilitar, é mais raro.
Na maioria das vezes basta apenas que se foque em objetivos claros e construtivos, que se faça orações/meditações/rituais (conforme a própria crença pessoal, para buscar união com aspirações elevadas), que a pessoa tome um chá de realidade e se recomponha. Buscar as origens e estancar o vazamento energético é primordial, seguido por uma boa limpeza astral - pois após o estancamento há rechaço na forma de uma piora momentânea do quadro da pessoa. Cada caso é um diferente e deve ser bem analisado.
Finalmente, essas entidades podem ser evocadas utilizando-se o método da Goécia. Um médium também consegue incorporar e encaminhar estas energias, mas precisa ser alguém bom e que saiba o que está fazendo. No entanto, estas entidades geralmente estão doentes e como falei, em decomposição. É preciso ter algum objetivo que faça valer a pena evocar tal energia, em qualquer caso.
No caso da evocação de Alma x Espírito: como falei antes, acredito que você evoque um misto de Alma e Espírito, mas que está desfolhando, desgrudando... um decompondo, o outro sublimando.
Lembro que estes pontos de vista são pessoais e em momento algum devem ser encarados como verdade absoluta, sendo apenas um apanhado geral daquilo que consegui observar até o momento.
Espero ter ajudado.
Abraço,
Frater Amduscias
ANKH - USA - SEMB