O Caibalion e o Princípio de Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação" - O CAIBALION
O Princípio de Ritmo encerra a Verdade de que em tudo se manifesta um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, semelhante a um pêndulo. Existe uma ação e uma reação constantes, que ocorrem sempre entre os dois pólos extremos do Princípio de Polaridade, abordado anteriormente. É como um eterno ciclo que se renova, simbolizado hermeticamente pela serpente Ouroboros.
Imagine um pêndulo que oscila entre dois extremos: na base deste pêndulo estaria o homem comum, ignorante das Leis Universais que agem sobre ele. Sem a compreensão destas Verdades, ele é incapaz de dominá-las, e assim segue sendo apenas uma vítima da ação deste (e de outros) Princípios (Exemplo 1).
Aquele que compreende a ação do Princípio de Ritmo é capaz de diminuir consideravelmente seus efeitos nocivos, mantendo-se equilibrado (Exemplo 2), como se escalasse a corda do pêndulo. Assim, mais próximo do ponto de equilíbrio (ou centro da roda), sentirá menos a oscilação entre os extremos.
Por exemplo, sua ira nunca será suficiente para cegar o seu Amor, e tampouco seu Amor irá cegar seus olhos para aquilo que deve ser feito. Dessa forma, nunca chegará a extremos onde o Amor se tranforme em Ódio.
Um bom exemplo de descrição da ação conjunta dos Princípios de Polaridade e Ritmo foi descrito por S.Y. Agnon, prêmio Nobel de literatura, em seu conto "Ascensão e Queda", que diz que "o lado que sobe até o ponto mais alto vai descendo cada vez mais baixo, e o lado que desce até o ponto mais baixo vai subindo cada vez mais alto".
Até a próxima!
Frater Amduscias
ANKH - USA - SEMB
Um comentário:
Postar um comentário